Dançar, andar de skate, jogar bola, pedalar, correr, nadar

Thursday, 29 de August de 2019
Estimular a prática de atividades físicas na infância é uma das ferramentas para alcançar qualidade de vida ao longo das diferentes etapas de vida. Os exercícios contribuem para o desenvolvimento das crianças, bem como reduzem o risco de doenças, além de poderem contribuir com a interação social dos pequenos.

Para muitos pais esta tarefa pode ser um desafio. Um dos primeiros passos para ser um incentivador de seus filhos e colaborar com uma infância mais ativa é participar. Ensine seu filho a andar de bicicleta, brinque com ele, jogue, leve-o a parques, ao playground do prédio.
Mais do que isso.

Busque ser o exemplo. De nada adianta ser impositivo no sentido de inserir seu filho numa determinada atividade se você mesmo passa as horas livres sentado em um sofá, em frente a um televisor ou computador. Sabemos que a rotina de um adulto é corrida, mas reservar tempo para interagir com seus filhos deve ser visto como um investimento de longo prazo, tanto para a saúde física quanto emocional das crianças.

Outro ponto é avaliar se determinada atividade realmente tem a ver com o estilo de seu filho. Como assim?

Muitas crianças se sentem desestimuladas a fazer algum exercício se não se sentem conectadas com eles. Por exemplo, se seu filho demonstra maior interação no judô, na natação ou no balé, e não se identifica com o futebol ou outro jogo de bola - por exemplo, de nada adianta impor a ele que o faça. Isso pode contribuir para o afastar do exercício e aproximá-lo de uma vida sedentária.

Avalie junto com seu filho o melhor esporte. Se for preciso, experimente diferentes atividades. Tente observar as que devem ser descartadas e aquelas que merecem ser estimuladas, mesmo com os desafios. Converse e ouça o que ele tem a dizer. Este é o caminho para que seu filho possa ter uma experiencia respeitosa na infância.

Por que crianças devem ser estimuladas a se manterem ativas?
Praticar atividades físicas é uma das ferramentas para manter o organismo saudável e estabelecer qualidade de vida ao longo dos anos. Em se tratando das crianças, não é diferente. Há alguns anos a infância poderia ser considerada organicamente um período de movimentação, graças àquelas boas e “velhas” brincadeiras, tais como pega-pega, esconde-esconde, queimada, dançar, futebol e tantas outros jogos e atividades que estimulavam os pequenos a se exercitarem. Porém, atualmente, com o crescimento das cidades, a evolução tecnológica, é mais comum ver as crianças dentro de suas casas e apartamentos, geralmente em frente a um televisor, celular ou absorvidas no universo dos games e outros apps tecnológicos.

O que isso pode ter de errado? Esta inatividade física decorrente do sedentarismo pode ocasionar doenças como sobrepeso e obesidade. Esta preocupação com o impacto na saúde e desenvolvimento infantil foi alvo de uma pesquisa feita por cientistas do Global Obesity Prevention Center da Universidade Johns Hopkins em Baltimore. Em conjunto com outras instituições, eles criaram um complexo modelo computacional que possibilitou analisar uma perspectiva do futuro de crianças caso se mantivessem sem praticar atividades. Na medida em que as crianças simuladas se tornaram adultos, os cientistas modelaram a saúde de cada um, com base nos riscos associados à obesidade para doenças cardíacas, diabetes, acidente vascular cerebral e câncer, e também o provável custo de lidar com essas doenças. Aquelas que praticaram exercícios reduziram riscos à saúde na vida adulta, enquanto as sedentárias apresentaram problemas e, até mesmo, risco de morte aumentado.

Embora se trate de uma projeção, esta análise não foge à realidade. Estimule as crianças a brincarem, levem-nas a parques para ter contato com a natureza, acompanhem suas atividades físicas e incentivem a fazê-las. Isso certamente fará a diferença na construção desta poupança de saúde ao longo da vida delas.

A projeção foi feita com base em dados públicos de peso e padrões de atividade física de 31,7 milhões de crianças americanas com idades entre 8 e 11 anos.

Acesse a pesquisa “Modeling The Economic And Health Impact Of Increasing Children’s Physical Activity In The United States” em http://content.healthaffairs.org/content/36/5/902
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