Quem se lembra do caso da Joana minha comadre, mãe do Pedrinho?
Em 2016 Pedrinho evoluiu com uma bronquiolite com 1 mês de vida na época e precisou ser internado na UTI e receber o leite por sonda.
Porém ficamos surpresos ao saber que o Hospital Santa Catarina não tinha estrutura na época para poder ofertar o próprio leite materno para os bebês internados, por não ter um local e/ou esquema que possibilitassem que ela ordenhasse seu leite no Hospital e tivesse os devidos cuidados que um ambiente como uma UTI requer. No momento da internação ele estava em aleitamento materno exclusivo e o leite materno ajudaria na sua rápida recuperação. Foi um momento difícil para todos!
Na época o fato ganhou atenção da grande imprensa, após Joana e outras mães se unirem e organizarem um “mamaço” em frente ao hospital em SP, reivindicando o direito de bebês receberem leite materno mesmo estando em UTI e exigindo comprometimento do Hospital em modificar isso.
Neste ano, o Ministério Público Federal e o Hospital Santa Catarina firmaram um compromisso para garantir que bebês internados na unidade sejam alimentados prioritariamente com leite materno tendo criado uma sala de ordenha no local.
É essencial que façamos mesmo barulho para que seja permitido o leite materno nas UTIs neonatais. Sabem por quê? Vamos a alguns fatos sobre LM:
É único que contém elementos de defesa que associados com sua pureza e perfeita composição garantem grande efeito protetor contra mortalidade e doenças infantis.
O leite materno das mães de prematuros possui mais IgA e mais leucócitos, pois os bebês prematuros tem menor defesa.
Olha que maravilha quando um micro-organismo entra em contato com o trato respiratório ou digestório da lactante gera uma resposta que resulta na produção de anticorpos que vão para o leite para proteger a criança antes mesmo desta contrair a doença! Incrível, né? -
Possui leucócitos (células de defesa) vivos, que têm atividade comprovada no intestino do lactente, produzindo resposta imune local e sistêmica.
Possui também Imunoglobulina A secretória que impede a adesão de micro-organismos na superfície intestinal do lactente, protegendo do vírus sincicial respiratório um dos causadores das bronquiolites tão freqüentes nesta época do ano (que foi o caso do Pedrinho)
Contém lactoferrina uma proteína que tem ação bacteriostática, bactericida, antiviral, anti-inflamatória e imunomuduladora.
Presença de oligossacarídeos que promovem o desenvolvimento de bifidobactérias no intestino do bebê para formação de sua microbiota intestinal bífida, que impedem a proliferação de enterobactérias como shigela, salmonela e E. coli
É muito importante relembrar essa história para mim e dar a notícia para vcs que o Pedrinho está com 3 anos em desmame natural, que mesmo ele não tendo sido beneficiado com essa mudança a Joana lutou e possibilitou que outras mães não passassem pelo mesmo sofrimento! Por isso é importante nos unirmos sempre!